O Homem e a Tecnologia em Plantas Concentradoras

A importância dos trabalhadores no processo de integração e pôr em marcha as novas tecnologias disponíveis para o setor mineiro, foi um dos aspectos destacados pelos expositores do webinar “Transformación digital del capital humano para la minería 4.0” (ver noticia adiante – Chile). No marco da atividade, Delia Lazarte (Tribe Leader Productos de Entel Corporaciones) explicou que a tecnologia por si só não agrega valor se esta não contar com o capital humano que permita tirar-lhe proveito.

Existe tecnologia que meramente substitui o capital humano, outra que o libera de atuar (ou protege) perante situações perigosas. Também existe tecnologia “de ajuste”, talvez a mais frequente, que desumaniza o nosso cotidiano e nos adapta gradativamente ao mundo digital que obrigatoriamente vivemos. O ser humano deve adaptar-se para tirar proveito da tecnologia? De qualquer tecnologia?

A “tecnologia especializada” hoje consegue pilotar um robô a centenas de quilômetros de distância para levantar uma rocha ou permite conduzir caminhões gigantes sem motorista, reduzindo com isso a ação do ser humano. Como é natural, tem pessoas que enxergam esse tipo de tecnologia como um perigo, pois podem perder o seu emprego.

Quando essa “modernidade” chega nas plantas concentradoras de cima para baixo, esconde o que não conhece vestindo roupagem de “tecnologia universal”, com software multiuso tão genérico que, em tese, serviria para dezenas de diferentes atividades industriais. Nas vezes em que alguma modernidade tenta “operar” automaticamente um processo, fecha-o numa caixa preta e estabelece procedimentos de identificação de sistemas, válidos para qualquer “sistema” onde possa relacionar “inputs com outputs”. O encantamento por esses simuladores tem durado pouco tempo nas concentradoras.

O ponto que aqui levantamos é que, nas concentradoras, é a tecnologia (e quem a desenvolve) quem deve ter a humildade de reconhecer o seu desconhecimento e chegar ao lado do operador para se colocar à disposição. A tecnologia dificilmente vai reduzir funcionários numa concentradora, mesmo se quisesse, pois não conhece “o ramo”, mas poderia ajudar ao operador para que juntos possam enfrentar os verdadeiros desafios da planta: aumentar produção e reduzir insumos e serviços.

Numa planta concentradora típica da mineração de Cobre (figura abaixo – Fundación Chile, Roadmap Tecnológico para 2015-2035), por exemplo, quase 65% do custo se concentra nas operações de cominuição e de flotação.
 

Por sua parte, os custos de moagem e flotação mostram que somente 21% deles correspondem a mão de obra. A tecnologia não deve ser pensada para reduzir ainda mais a mão de obra, mas deveria ajudar aos operadores para aumentar a produção (e reduzir o custo unitário) e, ainda, para combater os outros 79% de custo operacional.
 

Lamentavelmente, com esta forte globalização, nem sempre distinguimos quem desenvolve tecnologia genérica para esconder o que não domina; quem o faz para vender mais insumos e serviços (bolas, reagentes, telas de peneira, peças de desgaste e etc.) ou quem desenvolve tecnologia para ajudar o operador a reduzir os primeiros.


Alexis Yovanovic

Ante la transformación tecnológica de la minería, el capital humano será clave

La importancia de los trabajadores en el proceso de integración y puesta en marcha de las nuevas tecnologías disponibles para el sector minero, fue uno de los aspectos destacados por los expositores del webinar “Transformación digital del capital humano para la minería 4.0”, que fue organizado por el Programa Estratégico Regional Clúster Minero de Corfo Antofagasta. En esta ocasión, la jornada, que formó parte del ciclo de webinars “Minería con visión de futuro”, abordó la manera en que los trabajadores están siendo parte relevante del proceso de digitalización que está experimentando el sector minero.


Fuente: Minería Chilena

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