Mineradora: a Suíça dentro do Brasil

Com uma pontuação de 470, o Brasil figura entre os países que estão no terceiro pior nível de segurança em relação à Covid-19 – de um total de quatro, muito atrás da Suíça, que foi considerado o país mais seguro do mundo em se tratando da atual pandemia (ver notícia abaixo).

Por diversas razões a mineração tem dado motivos para ser criticada e até rejeitada em algumas comunidades, como aconteceu no caso das barragens. Nesta crise do novo coronavírus devemos reconhecer que a existência da mineração, além de dar vida econômica às regiões onde atua, é uma das atividades mais organizadas e seguras para a saúde das pessoas.

Desde longo tempo funcionários de mineradoras vestem EPI’s, atravessam instalações industriais por trajetos definidos e controlados, agem com comando e disciplina, respeitam avisos, mantêm-se distantes de qualquer condição de perigo, inclusive da COVID-19. Os maiores riscos não estão no ambiente de trabalho, via de regra bem controlado por essas empresas, mas sim na cidade, onde muitos de seus trabalhadores moram e de onde transitam diariamente, ida e volta.

Os riscos de propagação da COVID19 estão predominantemente no cotidiano das cidades ou regiões onde não há condições ou estratégias de controle da doença e, por conta disso, o perigo das mineradoras está no contato diário dos seus trabalhadores com aquele mundo externo, não o inverso.

Assim como hoje países da Europa e até os EUA não admitem entrada de cidadãos brasileiros, algumas mineradoras estão hoje cercando o espaço onde o controle pode ser feito e evitando o transporte diário de funcionários de localidades inseguras. Um bom exemplo é o caso de Codelco Norte (Chile), que definiu trabalhar exclusivamente com funcionários que moram na comuna de Calama, evitando a entrada de outros funcionários que viajam desde Antofagasta ou até mesmo de Santiago.

A mineração – assim como também muitas indústrias modernas, pode e deve continuar suas funções, com os seus próprios controles e estratégias, onde os trabalhadores estão mais protegidos e seguros do que na cidade próxima. Se o Brasil fosse ou atuasse como muitas mineradoras, que de fato prezam pela saúde e segurança de seus funcionários, os focos da COVID19 estariam detectados, sob controle e esta crise já estaria amortecida. Autoridades que definem políticas públicas têm muito a aprender com a indústria. Ao invés de reprimir determinadas atividades que contam com as melhores práticas de controle e segurança, deveriam tentar aprender alguma coisa com elas.

MOPE NEWS

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